terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

SER FIEL-SINCERO- TER VIRTUDE- HONESTIDADE

O SER SINCERO

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Ser sincero é ser franco, ser verdadeiro e simples. Ser sincero é enaltecer a lisura de caráter. Ser sincero é cultuar a verdade, o princípio certo. Ser sincero é expressar alguma coisa fielmente, como ela é, como ela se apresenta na natureza.

A sinceridade faz surgir a confiança entre as pessoas, estabelece a certeza, nos faz mais fortes. A sinceridade afasta-nos da mentira, da injuria, e da calunia.
Da sinceridade, surgem duas certezas absolutas: a certeza da firmeza de caráter de quem é sincero, e a certeza de estarmos apoiando em bases sólidas nossas atitudes, nossas conclusões.

inceridade é uma virtude que deve estar presente em todos os atos de nossas vidas, principalmente no trato com nossos Amados Irmãos da Fraternidade.
Muitas vezes podemos ficar com reservas em sermos sincero com um irmão, pensando poupar este irmão de algum sofrimento, ou a nós mesmo de algum constrangimento.
Devemos ter consciência de que, silenciarmos ante um fato, também compromete nossa sinceridade, assim como evitarmos estar na presença deste irmão, fugirmos dele, não nos afasta do dever de sermos sinceros. Tanto o calar como o fugir, não são táticas

A falta de sinceridade para com nossos irmãos, dependendo das circunstâncias, além de gerar sentimentos de perda de confiança, sentimentos de Corrente partida, pode até gerar questionamento sobre a sinceridade da própria fraternidade .
Se faltarmos com a sinceridade, cometeremos duas injustiças com nosso irmão: além de privá-lo da Verdade, o pré julgamos ser incapaz de enfrentar a Verdade.

Lembrem-se, o Martinismo é composto por homens e mulheres que aspiram tornarem-se Virtuosos, combatentes do Mal e do materialismo exacerbado, e como tal escolhidos por nós, e que tem como preceito a Verdade.

Certamente existem métodos diferentes em praticarmos a sinceridade com nossos irmãos e irmãs, e por certo nós saberemos como melhor agir: adequar local e hora apropriados, e escolher um método em que os sentimentos sejam fraternalmente compartilhados; isto é, usarmos nossa inteligência e o amor fraternal que o Criador nos presenteou.

Agindo assim teremos certeza de que a confiança permanece intacta, a fraternidade aumenta e que continuaremos a nos reconhecer como irmão
CHAMADO PARA SER FIEL

As Escrituras contém exemplos maravilhosos de santidade e fidelidade a Deus. Como diz o autor aos Hebreus, há uma “nuvem de testemunhas” a nos inspirar na vida cristã. Por outro lado, há alguns exemplos de infidelidade que também cumprem um papel importante no nosso discipulado, nos mostrando que o caminho da infidelidade sempre leva a pessoa ao desastre.


Judas Iscariotes é, provavelmente, o primeiro nome que vem à cabeça da maioria dos cristãos ao ouvir a palavra infidelidade. Há questões que envolvem este doze de Jesus nos deixam qualquer discípulo intrigado. Como pode alguém tão próximo do Senhor optar por uma rota tão divergente, a rota da infidelidade e por conseguinte da tragédia pessoal?
Nasceu para o louvor... Judas era um nome comum entre os hebreus – um dos filhos de Jacó se chamou Judá. O significado do nome Judas tem a ver com louvor. Trata-se de uma derivação da raiz hebraica que significa louvor – e a tradução mais próxima seria louvado. O segundo nome, Iscariotes, ao que tudo indica trata-se de uma derivação do termo hebraico ish qeriyoth, “homem de Queriote”.

Queriote poderia ser Queriote-Hezrom (Js 15:25), a 19 km ao sul de Hebrom. Há uma pequena possibilidade de Iscariotes ser a transliteração de um termo aramaico que significaria “ladrão”.
Seu chamado é para ser fiel e, em fidelidade você viverá para o louvor a Deus. Não aceite menos do que isto para sua vida. Seu nome indicava o louvor, mas sua vida é lembrada pela traição.


Que se tornou traidor... As várias referências bíblicas a Judas destacam sua condição de “traidor”. Por exemplo, em Lc 6:13, lemos: Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou apóstolos: Simão, a quem deu o nome de Pedro; seu irmão André; Tiago; João; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado zelote; Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.

O caminho da infidelidade foi opção de Judas. Ele teve todas as condições que os demais apóstolos e viveu debaixo das mesmas influências. Acontece que Judas tinha fraquezas – caráter doentio e resistiu ao tratamento. O caminho da fidelidade exige a humildade de reconhecer suas deficiências e de aceitar o tratamento. Diferentemente, Pedro que também apresentava certas deficiências, foi tratado mediante o confronto da parte do Senhor (pois esta é a maneira de se tratar o caráter de uma pessoa) e tornou-se uma referência dentro do Cristianismo.

O apóstolo João registra que Judas era ladrão! Conforme Jo 12:6, lemos: Ele não falou isso por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costumava tirar o que nela era colocado.
A avareza, que é idolatria... O evangelista Marcos nos ajuda a entender como Judas resolveu negociar a traição a Jesus. Tudo tem a ver com a adoração extravagante que Jesus recebeu em Betânia, por parte de Maria, irmã de Lázaro. Leiamos o texto em Mc 14:1-11: Faltavam apenas dois dias para a Páscoa e para a festa dos pães sem fermento.

Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei estavam procurando um meio de flagrar Jesus em algum erro e mata-lo. 2 Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo. 3 Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de um homem conhecido como Simão, o leproso, aproximou-se dele certa mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus. 4 Alguns dos presentes começaram a dizer uns aos outros, indignados: Por que este desperdício de perfume? 5 Ele poderia ser vendido por trezentos denários, e o dinheiro ser dado aos pobres. E a repreendiam severamente. 6 Deixem-na em paz, disse Jesus. Por que a estão perturbando?
Ela praticou uma boa ação para comigo. 7 Pois os pobres vocês sempre terão com vocês, e poderão ajuda-los sempre que o desejarem. Mas a mim vocês nem sempre terão. 8 Ela fez o que pôde. Derramou o perfume em meu corpo antecipadamente, preparando-o para o sepultamento. 9 Eu lhes asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória. 10 Então Judas Iscariotes, um dos Doze, dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes a fim de lhes entregar Jesus. 11 A proposta muito os alegrou, e lhe prometeram dinheiro. Assim ele procurava uma oportunidade para entrega-lo.

O preço combinado: trinta moedas de prata. Seriam shekels, ou didracmas, que equivaleriam a 120 dias de trabalho! Praticamente um terço do que Maria pagou pelo perfume!!!
Satanás entrou em Judas... A infidelidade torna a pessoa vulnerável. Jesus avisou Pedro que o inimigo estava “cirandando” o grupo (Lc 22:31 Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneira-los como trigo. 32 Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça...). Judas estava vulnerável. Por isso o mesmo evangelista registra e Lc 22:2: e os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei estavam procurando um meio de matar Jesus, mas tinham medo do povo. 3 Então Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, um dos Doze.

A fidelidade é garantia de proteção contra as artimanhas de Satanás. Pedro escreveu em sua primeira epistola: Estejam alertas e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. 9 Resistam-lhe, permaneçam firmes na fé... (I Pe 5:8,9).
João também registra a ação do diabo na vida de Judas. Em Jo 13:2 Estava sendo servido o jantar, e o diabo já havia induzido Judas Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus.

No mesmo capítulo de João, há um outro registro acerca da ação de Satanás na vida de Judas: Jo 13:25-27: Inclinando-se esse discípulo para Jesus, perguntou-lhe: Senhor, quem é? Respondeu Jesus: aquele a quem eu der este pedaço de pão molhado no prato. Então, molhando o pedaço de pão, deu-o a Judas Iscariotes, filho de Simão. Tão logo Judas comeu o pão, Satanás entrou nele. “O que você está para fazer, faça depressa”, disse-lhe Jesus... Assim que comeu o pão, Judas saiu. E era noite.

Um beijo... O costume de saudar com ósculo é bíblico, neotestamentário e especialmente recomendado nos escritos paulinos. Em casa de Simão, que fora leproso, Jesus cobrou dele o beijo que não recebeu – uma saudação honrosa. De acordo com Lucas, a infidelidade de Judas se consumou com um beijo: Lc 22:47,48 Enquanto ele ainda falava, apareceu uma multidão conduzida por Judas, um dos doze. Este se aproximou de Jesus para saúda-lo com um beijo. Mas Jesus lhe perguntou: Judas, com um beijo você está traindo o Filho do homem?

O evangelista Marcos nos oferece mais detalhes da traição: Mc 14:44-46: O traidor havia combinado um sinal com eles: aquele a quem eu saudar com um beijo, é ele: prendam-no e levam-no em segurança. Dirigindo-se imediatamente a Jesus, Judas disse: Mestre!, e o beijou. Os homens agarraram Jesus e o prenderam. Mateus conta a história e acrescenta que após a saudação e o beijo, Jesus também declarou: Amigo, o que o traz?
O Salmo 101:6, no qual temos nos inspirado especialmente nestas últimas semanas destaca a predileção de Deus pelos fiéis: Meus olhos aprovam os fiéis da terra, e eles habitarão comigo. Somente quem tem vida íntegra me servirá. A infidelidade ditou o fim trágico da vida de Judas. Mt 27:1-5

De manhã cedo, todos os chefes dos sacerdotes e líderes religiosos do povo tomaram a decisão de condenar Jesus à morte. E, amarrando-o, levaram-no e o entregaram a Pilatos, o governador. 3 Quando Judas que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi tomado de remorso e devolveu aos chefes dos sacerdotes e aos líderes religiosos as trinta moedas de prata. E disse: “Pequei, pois traí sangue inocente”. E eles retrucaram: “Que nos importa? A responsabilidade é sua”. 5 Então Judas jogou o dinheiro dentro do templo e, saindo, foi e enforcou-se.
Conserve-se na fidelidade. Cumpra sua vocação de viver para o louvor da glória do Senhor. Há bênçãos especialmente reservadas para aqueles a quem o Senhor acha vivendo em fidelidade. Creia, a fidelidade atrai cobertura, proteção de Deus sobre sua vida.

Pr.


VERDADE O QUE É VERDADE

O que é a verdade? Quantas vezes já acreditamos em coisas que mais tarde descobrimos serem bem diferentes daquilo que pensávamos? Quantas vezes a "ciência" nos provou por meio de estudos e experimentos "científicos" que certas coisas seriam improváveis e até impossíveis de acontecer e errou?
Não é preciso se esforçar muito para lembrar de fatos como o ocorrido na década de 30, no qual um notável físico da época provou por meio de cálculos físicos e matemáticos que era impossível existir televisor a cores, ou de um artigo publicado na revista

"The WestingHouse Engineer" no final da década de 50 onde utilizando-se de todo o conhecimento adquirido até a época e com base em cálculos físicos e matemáticos, foi provado que um computador jamais superaria a impressionante marca de 1MHz de velocidade de processamento.
A verdade é que a verdade está em cada um de nós. Depende de nossas vivências, nosso conhecimento, experiência e bagagem. Cada pessoa possui sua própria verdade, e tudo aquilo em que uma pessoa acredita passa a ser a sua verdade. O que nós não podemos fazer é "parar" no tempo, nos fechar para outras possibilidades e idéias, pois o que hoje acreditamos ser o correto, pode ser provado amanhã o contrário. Na busca intelectual de fatos e verdades, devemos ser honestos com nós mesmos.

"A corrente de ferro da Verdade, que nós (homens) qualificamos de invariável, nos mantém cegos em um círculo vicioso. Tecnicamente pode-se ter razão nos fatos e, no entanto, estar-se eternamente equivocado na Verdade" (Operação cavalo de Tróia 3 - J.J.Benítez). Devemos parar de temer a Verdade. A Verdade é nossa amiga e nossa aliada. "O Homem permanece no recanto das trevas por medo que a luz da Verdade lhe faça ver coisas que desmoronariam as suas conjecturas" (OVNIs: S.O.S. à Humanidade - J.J.Benítez). Na busca intelectual de fatos e verdades, devemos ser honestos com nós mesmos.
"Devemos ter ciência que a Verdade não é propriedade de ninguém, de nenhuma raça. Nenhum indivíduo pode reclamar sua exclusividade. A Verdade é a natureza simples de todos os seres..." (Swami Vivekananda - Mestre Indu)
Pérolas dos Provérbios
Honestidade nos Negócios
"Balança enganosa é abominação para o SENHOR, mas o peso justo é o seu prazer" (Provérbios 11:1).

Faça este pequeno teste com somente três perguntas. Responda para si mesmo, mas seja totalmente honesto em suas respostas. Você faz uma compra de R$7,00 e paga com uma nota de R$10,00. A pessoa no caixa devolve R$2,00 de troco. O que você faria? Você faz a mesma compra de R$7,00 e paga com a nota de $10,00. Ela devolve R$4,00 de troco. O que você faria? Você respondeu às perguntas honestamente?
Muitas pessoas, até algumas que alegam ser discípulos de Cristo, mostram uma dificuldade enorme quando se fala de honestidade.

Podem até se achar honestas em geral, mas quando o assunto negócios comerciais, já esquecem destes princípios. Usam vários argumentos para "justificar" a desonestidade: "Todo mundo faz"; "Se eu não mentir, eu não vendo"; "O chefe me obriga a mentir"; etc.Não há dúvida que a desonestidade domina na sociedade atual. A corrupção se encontra nos mais altos níveis de grandes empresas e entre oficiais do governo. Promessas insinceras, representações falsas de produtos e serviços e diversos tipos de subornos se tornaram comuns no mundo dos negócios.

Mas o servo de Deus se procede de uma maneira diferente. Ele prefere perder a venda do que comprometer o seu caráter. Para ele é melhor pagar mais na compra do que sacrificar a sua integridade.
O discípulo de Cristo entende que a balança pesa igualmente na compra e na venda. O que é justo para o outro é justo também para ele. Ele jamais terá problemas na situação descrita no início deste artigo. Quando recebe menos troco do que o devido, ele corrige o erro do caixa e pede a diferença.

E quando recebe mais do que o certo, ele também corrige o erro e devolve a diferença! Assim, ele usa uma balança justa.
Esta honestidade leva aonde? Vai dar vantagem nos negócios? Nem sempre. O comerciante honesto que fala a verdade, cumpre suas promessas e paga seus impostos pode sofrer num mercado dominado por desonestidade e corrupção. Mas, ele terá a boa consciência, ganhará o respeito das pessoas que o conhecem, e manterá a sua esperança da vida eterna na presença do Deus justo.

E a desonestidade leva aonde? Pode até dar vantagem nos negócios. Mas o comerciante desonesto perderá a confiança de outras pessoas, viverá ferindo a própria consciência e, pior ainda, ofendendo o Criador. No final das contas, terá que enfrentar o fato que "os injustos não herdarão o reino de Deus" (1 Coríntios 6:9).
-por Dennis Allan
Leia mais sobre este assunto:
O Cristão e os Problemas Financeiros
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Pequeno Tratado das Grandes Virtudes
De André Comte-Sponville
Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1999
Tradução de Eduardo Brandão

3
A prudência
A polidez é a origem das virtudes; a fidelidade, seu princípio; a prudência, sua condição. Será ela mesma uma virtude? A tradição responde que sim, e é o que cumpre explicar em primeiro lugar.
A prudência é uma das quatro virtudes cardeais da Antiguidade e da Idade Média. É a mais esquecida, talvez. Para os modernos pertence menos à moral do que à psicologia, menos ao dever do que ao cálculo.

Kant já não via nela uma virtude: é apenas amor a si esclarecido ou hábil, explicava, não condenável, decerto, mas sem valor moral e sem outras prescrições que não sejam hipotéticas. É prudente cuidar da saúde, mas quem veria nisso um mérito? A prudência é vantajosa demais para ser moral; o dever, absoluto demais para ser prudente. No entanto, não é seguro que Kant seja aqui o mais moderno, nem o mais justo. Porque ele concluía que a veracidade é um dever absoluto, em todas as circunstâncias (inclusive – é

o exemplo que dava – quando assassinos perguntam a você se seu amigo, que eles perseguem, está refugiado em sua casa) e quaisquer que sejam suas conseqüências: é melhor faltar com a prudência do que faltar com seu dever, nem que seja para salvar um inocente ou a si mesmo! É o que não podemos mais aceitar, parece-me, por não acreditarmos muito nesse absoluto para sacrificar a ele nossa vida, nossos amigos ou nossos semelhantes. Essa ética da convicção, como dirá Max Weber, até nos apavoraria: o que vale o caráter absoluto dos princípios, se é em detrimento da simples humanidade, do bom senso, da doçura, da compaixão?

Aprendemos a desconfiar também da moral, tanto mais quanto ela se crê mais absoluta. À ética da convicção, preferiremos o que Max Weber chama de ética da responsabilidade, a qual, sem renunciar aos princípios (como poderia?) também se preocupa com as conseqüências previsíveis da ação. Uma boa intenção pode levar a catástrofes, e a pureza dos móbeis, ainda que confirmada, nunca bastou para impedir o pior; portanto seria condenável contentar-se com ela. A ética da responsabilidade quer que respondamos não apenas por nossas intenções ou nossos princípios, mas também pelas conseqüências de nossos atos, tanto quanto possamos prevê-las.

É uma ética da prudência, e a única ética válida. Melhor é mentir à Gestapo do que lhe entregar um judeu ou um resistente. Em nome de quê? Em nome da prudência, que é a justa determinação (para o homem, pelo homem) desse melhor. É a moral aplicada, e o que seria uma moral que não se aplicasse? As outras virtudes, sem a prudência, não poderiam mais que revestir o Inferno com suas boas intenções.
Mas eu estava falando dos antigos. É que a palavra prudência é demasiado carregada de história para não estar sujeita a equívocos; e, de resto, ela quase desapareceu do vocabulário moral contemporâneo. O que não significa que não precisemos mais da coisa.
Examinemos com maior cuidado o problema. Sabemos que os latinos traduziram por prudentia a phronésis dos gregos e, especialmente, de Aristóteles ou dos estóicos. De que se trata? De uma virtude intelectual, explicava Aristóteles, pelo fato de haver-se com o verdadeiro, com o conhecimento, com a razão: a prudência é a disposição que permite deliberar corretamente sobre o que é bom ou mau para o homem (não em si, mas no mundo tal como é, não em geral, mas em determinada situação) e agir em conseqüência, como convier.

É o que poderíamos chamar de bom senso, mas que estaria a serviço de uma boa vontade. Ou de inteligência, mas que seria virtuosa. É nisso que a prudência condiciona todas as outras virtudes; nenhuma, sem ela, saberia o que se deve fazer, nem como chegar ao fim (o bem) que ela visa. Santo Tomás bem mostrou que, das quatro virtudes cardeais, a prudência é a que deve reger as outras três: a temperança, a coragem e a justiça, sem ela, não saberiam o que se deve fazer, nem como; seriam virtudes cegas ou indeterminadas (o justo amaria a justiça sem saber como, na prática, realizá-la, o corajoso não saberia o que fazer de sua coragem, etc.), assim como a prudência, sem elas, seria vazia ou não seria mais que habilidade.

A prudência tem algo de modesto ou de instrumental; ela se põe a serviço de fins que não são os seus e só se ocupa com a escolha dos meios. Mas é isso que a torna insubstituível: nenhuma ação, nenhuma virtude – em todo caso, nenhuma virtude em ato – poderia prescindir dela. A prudência não reina (mais vale a justiça, mais vale o amor), mas governa. Ora, que seria um reino sem governo? Não basta amar a justiça para ser justo, nem amar a paz para ser pacífico; é preciso, além disso, a boa deliberação, a boa decisão, a boa ação. A prudência decide e a coragem provê.

Os estóicos consideravam a prudência uma ciência (“a ciência das coisas a fazer e a não fazer”, diziam eles), o que Aristóteles recusara legitimamente, pois só há ciência do necessário e prudência do contingente. A prudência supõe a incerteza, o risco, o acaso, o desconhecido. Um deus não a necessitaria; mas como um homem poderia prescindir dela? A prudência não é uma ciência; ela é o que faz as suas vezes quando a ciência falta. Só se delibera quando se tem escolha, em outras palavras, quando nenhuma demonstração é possível ou suficiente. É então que é necessário querer não apenas o bom fim, mas os bons meios que conduzem a ele! Não basta amar os filhos para ser bom pai, nem querer o bem deles para fazê-lo.

Amar, diria o humorista, não dispensa ninguém de ser inteligente. Os gregos o sabiam, e talvez melhor do que nós. A phronésis é como que uma sabedoria prática, sabedoria da ação, para a ação, na ação. No entanto, ela não faz as vezes de sabedoria (de verdadeira sabedoria: Sophia), porque tampouco basta agir bem para viver bem, ou ser virtuoso para ser feliz. Aristóteles tem razão, aqui, contra quase todos os antigos: a virtude não basta mais à felicidade do que a felicidade à virtude. A prudência é, porém, necessária a uma e à outra, e a própria sabedoria não poderia prescindir dela. Sabedoria sem prudência seria sabedoria louca, e não seria sabedoria.


Epicuro talvez diga o essencial: a prudência, que escolhe (pela “comparação e pelo exame das vantagens e desvantagens”) os desejos que convém satisfazer e os meios para satisfazê-los, é “mais preciosa até que a filosofia” e é dela que “provêm todas as outras virtudes”. Que importa o verdadeiro, se não sabemos viver? Que importa a justiça, se somos incapazes de agir justamente? E por que iríamos querê-la, se ela não nos trouxesse nada? A prudência é como um saber-viver real (e não simplesmente aparente, como a polidez), que também seria uma arte de desfrutar.

Ocorre-nos recusar numerosos prazeres, explica Epicuro, quando devem acarretar maior desprazer, ou buscar determinada dor, se ela permitir evitar dores piores ou obter um prazer mais vivo ou mais duradouro. Assim, é sempre pelo prazer que vamos, por exemplo, ao dentista ou ao trabalho, mas por um prazer no mais das vezes posterior ou indireto (pela evitação ou pela supressão de uma dor), que a prudência prevê ou calcula. Virtude temporal, sempre, e temporizadora, às vezes. É que a prudência leva em conta o futuro, na medida em que depende de nós encará-lo (nisso ela pertence não à esperança, mas à vontade). Virtude presente, pois, como toda virtude, mas previsora ou antecipadora.

O homem prudente é atento, não apenas ao que acontece, mas ao que pode acontecer; é atento, e presta atenção. Prudentia, observava Cícero, vem de providere, que significa tanto prever como prover. Virtude da duração, do futuro incerto, do momento favorável (o kairós dos gregos), virtude de paciência e de antecipação. Não se pode viver no instante. Não se pode chegar sempre ao prazer pelo caminho mais curto. O real impõe sua lei, seus obstáculos, seus desvios. A prudência é a arte de levar isso tudo em conta, é o desejo lúcido e razoável. Os românticos, por preferirem os sonhos, torcerão o nariz.

Os homens de ação sabem, ao contrário, que não há outro caminho, mesmo para realizar o improvável ou o excepcional. A prudência é o que separa a ação do impulso, o herói do desmiolado. No fundo, é o que Freud chamará de princípio da realidade, ou pelo menos a virtude que lhe corresponde: trata-se de desfrutar o mais possível, de sofrer o menos possível, mas levando em conta as imposições e incertezas do real, em outras palavras (tornamos a encontrar a virtude intelectual de Aristóteles), inteligentemente. Assim, no homem, a prudência faz as vezes do que é, nos animais, o instinto – e, dizia Cícero, do que é, nos deuses, a providência.

A prudência dos antigos (phronésis, prudentia) vai, portanto, bem além da simples evitação dos perigos, a que a nossa praticamente se reduz. As duas, no entanto, estão ligadas, e esta, de fato, aos olhos de Aristóteles ou de Epicuro, pertenceria ao domínio daquela. A prudência determina o que é necessário escolher e o que é necessário evitar. Ora, o perigo pertence, na maioria dos casos, a esta última categoria; daí a prudência, no sentido moderno do termo (a prudência como precaução). Todavia, há riscos que é necessário correr, perigos que é preciso enfrentar; daí a prudência, no sentido antigo (a prudência como “virtude do risco e da decisão”). A primeira, longe de abolir a segunda, depende dela.

A prudência não é nem o medo nem a covardia. Sem a coragem, ela seria apenas pusilânime, assim como a coragem, sem ela, seria apenas temeridade ou loucura.
Cumpre observar, aliás, que, mesmo em seu sentido restrito e moderno, a prudência continua a condicionar a virtude. Somente os vivos são virtuosos ou podem sê-lo (os mortos, no máximo, podem ter sido); somente os prudentes são vivos, ou o permanecem. Uma imprudência absoluta seria mortal, sempre, em prazos brevíssimos.


Que restaria da virtude? E como ela poderia advir? Eu notava, a propósito da polidez, que a criança a princípio não diferencia o que é mau (o erro) do que faz mal (a dor, o perigo). Por isso ela não distingue a moral da prudência, ambas aliás submetidas, no essencial e por muito tempo, à palavra ou ao poder dos pais. Mas já crescemos (graças à prudência de nossos pais, depois à nossa); agora, essa distinção se impõe a nós, de modo que moral e prudência se constituem diferenciando-se. Confundi-las de maneira absoluta seria um erro; mas sempre as opor seria outro.

A prudência aconselha, notava Kant, a moral comanda. Portanto, precisamos de uma e de outra, solidariamente. A prudência só é uma virtude quando a serviço de um fim estimável (de outro modo, não seria mais que habilidade), assim como esse fim só é completamente virtuoso quando servido por meios adequados (de outro modo, não seria mais que bons sentimentos). Por isso, dizia Aristóteles, “não é possível ser homem de bem sem prudência, nem prudente sem virtude moral”. A prudência não basta à virtude (pois ela só delibera sobre os meios, quando a virtude também se prende à consideração dos fins), mas nenhuma virtude poderia prescindir da prudência.

O motorista imprudente não é apenas perigoso, também é – pelo pouco caso que faz da vida alheia – moralmente condenável. Inversamente, quem não vê que o sexo seguro, que nada mais é que uma sexualidade prudente, também pode ser uma disposição moral (pela atenção que um manifesta, mesmo que já esteja doente, pela saúde do outro)? Entre adultos que consentem, a sexualidade mais livre não é um erro. Mas a imprudência é. Nesses tempos de AIDS, comportamentos que, em si, não seriam em nada condenáveis podem vir a sê-lo, não pelos prazeres que proporcionam, e que são inocentes, mas pelos riscos que ocasionam ou fazem o outro correr.

Sexualidade sem prudência é sexualidade sem virtude, ou cuja virtude, em todo caso, é deficiente. Isso pode ser encontrado em todos os domínios. O pai imprudente, diante de seus filhos, pode muito bem amá-los e querer sua felicidade. No entanto, falta alguma coisa à sua virtude de pai e, sem dúvida, a seu amor. Se ocorrer um drama, que ele poderia ter evitado, ele saberá que, sem ser absolutamente responsável pelo ocorrido, também não é de todo inocente. Primeiro, não prejudicar. Depois, proteger. É a própria prudência, sem a qual qualquer virtude seria impotente ou nefasta.

Eu já disse que a prudência não impede o risco e nem sempre evita o perigo. Veja o alpinista ou o navegador: a prudência faz parte de seu ofício. Que risco? Que perigo? Em que limites? Com que fim? O princípio de prazer o determina, e é isso que chamamos de desejo ou amor. Como? Por que meios? Com que precauções? O princípio de realidade o decide e – quando decide da melhor maneira possível – é o que chamamos prudência.

“A prudência”, dizia santo Agostinho, “é um amor que escolhe com sagacidade.” Mas o que ela escolhe? Não, decerto, seu objeto (o desejo se encarrega disso), mas os meios de alcançá-lo ou protegê-lo. Sagacidade das mães e das amantes, sabedoria do amor louco. Elas fazem o que se deve, como se deve, pelo menos o que elas julgam como tal (quem diz virtude intelectual diz risco de erro), e dessa preocupação nasceu a humanidade – a delas, a nossa. O amor as guia; a prudência as ilumina.


Que ela possa iluminar também a própria humanidade! Vimos que a prudência levava em conta o futuro: é que seria perigoso e imoral esquecê-lo. A prudência é essa paradoxal memória do futuro ou, para dizer melhor (pois que a memória, enquanto tal, não é uma virtude), essa paradoxal e necessária fidelidade ao futuro. Os pais sabem disso e querem preservar o futuro de seus filhos – não para escrevê-lo no lugar deles, mas para deixar-lhes o direito e, se possível, dar-lhes os meios de eles próprios o escreverem. A humanidade também deverá compreendê-lo, se quiser preservar os direitos e as oportunidades de uma humanidade futura.

Mais poder, maiores responsabilidades. A nossa nunca foi tão pesada; ela põe em jogo não apenas nossa existência ou a de nossos filhos, mas (devido aos progressos técnicos e seu temível alcance) a da humanidade inteira, e pelos séculos dos séculos… A ecologia, por exemplo, está ligada à prudência, e é por isso que tem pontos de contato com a moral. Enganar-se-ia quem acreditasse a prudência superada; ela é a mais moderna de nossas virtudes, ou antes aquela de nossas virtudes que a modernidade torna mais necessária.


Moral aplicada, dizia eu, e nos dois sentidos do termo: é o contrário de uma moral abstrata ou teórica, mas o contrário também de uma moral negligente. O fato de esta última noção ser contraditória deixa claro quanto a prudência é necessária, inclusive para proteger a moral do fanatismo (sempre imprudente, de tanto entusiasmo) e de si mesma. Quantos horrores consumados em nome do Bem? Quantos crimes, em nome da virtude? Era pecar contra a tolerância, quase sempre, mas também contra a prudência, na maioria das vezes. Desconfiemos desses Savonarola* que o Bem cega. Demasiado apegados aos princípios para considerar os indivíduos, demasiado seguros de suas intenções para se preocuparem com as conseqüências…

Moral sem prudência é moral vã ou perigosa. “Caute”, dizia Spinoza: “Cuidado.” É a máxima da prudência, e é preciso ter cuidado também com a moral, quando ela despreza seus limites ou suas incertezas. A boa vontade não é uma garantia, nem a boa consciência uma desculpa. Em suma, a moral não basta à virtude; são necessárias também a inteligência e a lucidez. É o que o humor recorda e a prudência prescreve.
É imprudente ouvir apenas a moral, e é imoral ser imprudente.

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Ouvir Os Dois Lados da História
"O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina" (Provérbios 18:17).
"Mãe, meu irmão me bateu!" Incontáveis vezes, na vida de mães no mundo inteiro, a cena começa assim. Uma criança chega correndo, acusando outra de algum crime digno de castigo severo. E toda mãe sábia reage com prudência, primeiro apanhando os fatos e depois decidindo como corrigir o problema. Às vezes, ela descobre fatos interessantes da boca da outra criança: "Bati nela, sim. Mas é porque ela agarrou o meu pescoço e estava me sufocando. Eu tive que bater nela para poder respirar." E para provar a sua alegação, este menino mostra as marcas dos dedos da irmã no seu pescoço. E assim continua o desafio de ser juíza dos próprios filhos. A mãe sempre faz questão de investigar os fatos, ouvir os dois lados da história, e só depois toma uma atitude em relação ao culpado ou culpados.

O sistema de justiça do nosso governo se baseia neste mesmo princípio. Qualquer um pode levantar acusação contra outro, mas o acusado tem direito de responder e se defender. É essencial ouvir os dois lados para aplicar a justiça.
Mas, nem todos refletem a mesma sabedoria e prudência. Muitas pessoas chegam às suas conclusões sem ouvir os dois lados. Um amigo chega reclamando da maldade feita por uma outra pessoa e o ouvinte se ira contra o malfeitor. Espere aí. Já ouviu o outro lado? Vai condenar a pessoa sem ouvir o resto da história?

"O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina" (Provérbios 18:17). Não podemos avaliar diferenças com justiça sem ouvir os dois lados. Mesmo quando envolve amigos ou parentes que correm para nos falar sobre a maldade dos outros, precisamos ser justos e ouvir a outra parte.
Quando não conseguimos resolver o problema conversando com ambas as partes, podemos achar necessário chamar testemunhas para esclarecer os fatos. A importância de testemunhas é destacada no Velho e no Novo Testamentos.

"Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniqüidade ou por qualquer pecado, seja qual for que cometer; pelo depoimento de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o fato" (Deuteronômio 19:15). "...pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça" (Mateus 18:16). "Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas" (1 Timóteo 5:19). E cada testemunha tem obrigação de falar a verdade. "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo" (Êxodo 20:16). "A falsa testemunha não fica impune, e o que profere mentiras perece" (Provérbios 19:9). "Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo..." (Efésios 4:25).

A justiça é uma das qualidades fundamentais do caráter do Santo Deus que nos criou. Nós que procuramos participar da natureza divina (2 Pedro 1:4), imitando o perfeito exemplo de Deus (Efésios 5:1; 1 Coríntios 11:1), devemos demonstrar a justiça quando procuramos entender as diferenças que surgem entre pessoas (Provérbios 21:3).
É especialmente difícil ser justos quando os problemas envolvem certas pessoas. Precisamos de cautela dobrada quando um dos lados é:

Parente. A tendência é de defender a nossa própria família, concluindo que os outros estão errados. Pais tendem a defender os filhos. Irmãos tendem a defender um ao outro (exceto quando o conflito seja entre irmãos!). Mas, às vezes, nossos próprios filhos, irmãos ou pais podem errar. Devemos ouvir o outro lado antes de chegar à conclusão.
Uma pessoa que já errou. Quando alguém já ganhou a reputação de ser briguento ou encrenqueiro, é muito fácil aceitar acusações contra esta pessoa.

Por esse motivo, devemos fazer tudo para manter o nosso caráter e, conseqüentemente, a nossa reputação (Provérbios 20:7,11; 22:1). Mas não devemos aceitar acusações não provadas, mesmo quando a pessoa já errou diversas vezes no passado. Pessoas podem mudar. Outras pessoas, na sua astúcia, podem usar a má reputação do outro para ganhar vantagem: "Se todos já acreditam que fulano é mal, então por que não jogar a culpa nele?".
Uma pessoa rica ou "importante". Todos enfrentam uma tentação de ser parciais quando há contenda entre pessoas de "classes" diferentes. A pessoa interesseira pode favorecer o rico, esperando algum favor no futuro.

Mas Deus diz: "Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem oprimas em juízo ao aflito, porque o Senhor defenderá a causa deles e tirará a vida aos que os despojam" (Provérbios 22:22-23). Nem devemos imaginar que o pobre está sempre certo. O julgamento justo é imparcial: "Parcialidade no julgar não é bom. O que disser ao perverso: Tu és justo; pelo povo será maldito e detestado pelas nações. Mas os que o repreenderem se acharão bem, e sobre eles virão grandes bênçãos" (Provérbios 24:23-

25).
Diferenças e contendas surgirão entre pessoas. Algumas delas chegarão a nós defendendo a sua postura e condenando a conduta do outro. Cabe a nós ser justos e ouvir os dois lados da história antes de chegar à conclusão. "Deus não faz acepção de pessoas" (Atos 10:34). Devemos seguir o exemplo dele!
-por Dennis Allan

2 comentários:

  1. como ocorreu as duas grandes virtudes de Sócrates (honestidade e a humildade).

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  2. que texto grande e é tdoo copiado de um outro que eu li!!! que farsa, beijinhos com ódio, anonimo

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