terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O PAI NOSSO MAIS COMPLETO DO MUNDO

Pai Nosso, Que Estás nos Céus

través de toda a grande mensagem da montanha, Jesus ressaltou a relação íntima que seus discípulos deveriam ter com um Deus pessoal. Nunca isso é visto tão claramente quanto em seu uso do termo "Pai". Quatorze vezes no sermão ele usa a relação mais pessoal conhecida pelo homem (relação entre pai e filho) para descrever a intimidade que deveria existir entre Deus e os cidadãos do seu reino.

"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso…." Jesus não está aqui falando da relação universal que todos os homens têm com Deus, por meio da criação, como no caso de Atos 17:28-29. Pelo seu uso do "Pai nosso", ele fala daquela relação especial estabelecida pela fé e continuada pela submissão à vontade divina (Mateus 7:21). Esta é a oração do discípulo. Esta é a oração do "filho de Deus" renascido. Somente aqueles que receberam o evangelho do reino são previlegiados para orar "Pai nosso.…"

O grande valor desta oração é que ela define imediatamente todas as relações na vida.
Ela estabelece nossa relação com o mundo invisível. O mundo pagão está cheio de muitos deuses, todos os quais são vistos como ciumentos, rancorosos e hostis. Todos os deuses precisam ser aplacados, contentados e pacificados. O resultado é óbvio: o adorador de múltiplos deuses vive no temor de omitir um deus (Atos 17:23) e, como resultado, é assombrado pela religião, em vez de ser ajudado.

Contudo, o cristão sabe que há um Deus: Um Deus que tem o coração terno, amoroso, de um "Pai". Em vez de tremer de medo diante de um bando de deuses mal-humorados, encontramos descanso no amor e cuidado de nosso Pai.
Ela define nossa relação com o mundo visível. A vida é dura. Há crises e mudanças que desafiam a nós todos. Como posso agüentar? Como posso sobreviver às tempestades da vida? A resposta é encontrada nas duas primeiras palavras desta oração:"Pai nosso".

Tudo se torna mais brilhante e mais suportável quando sei que há alguém a quem posso recorrer por cada temor, cada ferimento, e cada decepção (1 Pedro 5:7).
Ela estabelece nossa relação com nossos irmãos. Jesus nos lembra que Deus é "Pai" de nós todos: "Pai nosso…" Esta própria frase deverá eliminar o egoísmo no reino. O mesmo Pai que cuida de mim, cuida também de você. O resultado, como poderia eu ter sentimentos de amargura e ódio para com aqueles que partilham a mesma relação que eu?

Você vê, a única coisa que nos torna irmãos é que temos um Pai em comum.Abençoado seja nosso laço mútuo. Ele nos liga por causa daquele que é o " Pai nosso".
Ela define nossa relação conosco. Não posso falar por você, mas sou o pior crítico de mim mesmo. De fato, é muito fácil cair em cima de si mesmo. Você percebe o que Jesus está dizendo? Deus lhe devolverá seu respeito próprio!

Você pode pensar que é um João-ninguém sem valor, que você não interessa a ninguém. Jesus diz: "Você está errado! Deus se importa com você!" Que emoção saber que Deus me conhece e me ama! E que eu posso chamar por ele a qualquer hora. Então Jesus acrescentou: "Pai nosso, que estás nos céus…" Isso ressalta duas grandes verdades sobre Deus.

A primeira é a santidade de Deus. É fácil tornar sentimental toda a idéia da paternidade. É fácil ver a figura de Deus como um pai complacente que fecha os olhos aos pecados de seus filhos. Nosso Pai não é assim. É verdade, ele é amoroso, cuidadoso e clemente, mas é também nosso Pai "que estás nos céus". O céu é um lugar de santidade porque Deus é santo (1 Pedro 1:14-16). Nosso Pai não deixa o pecado impune. Ele não tolera a desobediência de seus filhos. Sua santidade exige que sejamos santos.

A segunda é o poder de Deus. Todos conhecem em primeira mão as frustrações do amor humano, seja ele do pai com um filho desviado, ou da esposa com um companheiro irresponsável. Em todos os casos de amor frustrado, voltamo-nos para nosso pai "nos céus". O fato de ele estar "nos céus" prova que há um poder maior do que é possível na terra (Efésios 3:20). "Pois nada é impossível para Deus". Jamais esqueça que por trás de seu amor infinito há um poder invencível.

"Ore, então, assim: Pai nosso que estás nos céus…" Um começo simples para uma oração simples. Que previlégio é ser seu filhos
-por Wilson Adams

Santificado Seja o teu Nome, Seja feita a sua vontade assim na na Terra e nos céus

Jesus começa o modelo de oração dirigindo-se ao "Pai nosso…" Esta palavra de carinho salienta a relação íntima que podemos ter com Deus. Entretanto, na frase seguinte, "santificado seja o teu nome", Jesus ressalta a separação entre Deus e nós, em santidade, glória e pessoa.

Note como as primeiras expressões desta oração mantêm uma relação estreita com os primeiros três dos dez mandamentos. Moisés começa com a condenação da corrupção da exaltada posição de Deus com falsos deuses, ídolos e uso do nome de Deus em vão. Jesus começa com uma afirmação da unicidade de Deus no universo e em nossas vidas.

Com este conceito firme em nossas mentes, jamais corromperemos quem Deus é.
"Santificado seja…"Lenski define o termo "santificar" como "separar de tudo o que é comum e profano, estimar, prezar, honrar, reverenciar e adorar como divino e infinitamente abençoado".

Com este início, não estamos dizendo a Deus algo que ele ainda não sabe. Estamos reconhecendo a veracidade do santo ser de Deus. Estamos expressando nossa admiração e louvor pela grandeza de Deus. Estamos necessariamente contrastando o nome de Deus com todos os outros. É o seu nome que separamos. Não pomos nenhum outro em seu nível.

Quando oramos, não estamos tendo uma conversa informal com um colega igual a nós. Ainda que nossas orações tenham que refletir a bem íntima relação que temos desenvolvido com Deus, precisamos sempre reconhecer que estamos nos aproximando de um ser muito poderoso, santo e justo, somente por causa do acesso possibilitado pelo sangue de Cristo.
"…teu nome"

No Velho Testamento, os judeus receberam um nome especial para Deus. Em Êxodo 3:13-14, Moisés disse que os filhos de Israel perguntariam a respeito do Deus que o enviou: "Qual é o seu nome?" Deus mandou Moisés dizer-lhes, "Eu Sou me enviou a vós outros". A palavra traduzida como "Senhor" ("Jeová") vem da palavra-raiz para "Eu Sou". Portanto, no sistema mosaico, um certo "nome" foi usado para Deus. Eles não poderiam usar este nome de nenhum modo vão (Levítico 24:16).

Aparentemente, os judeus estavam tão temerosos de usarem o nome de Deus em vão que a pronúncia deste nome foi perdida. Ainda que eles tomassem grande cuidado no uso do nome de Deus, é claro que seu respeito pelo próprio Deus deixou a desejar. Através de Malaquias,

Deus contrastou esta falta de reverência do povo judeu dos seus dias com a atitude que deveria prevalecer na nova aliança: "Mas, desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações o meu nome; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras, porque o meu nome é grande entre as nações, diz o Senhor dos Exércitos" (1:11).

Neste modelo de oração, a ênfase de Jesus não está em separar uma designação específica para Deus, e sim, em nossa atitude para com a natureza e a pessoa de Deus. A pessoa de Deus não pode se limitar a um determinado nome mais do que sua presença pode permanecer num templo feito com as mãos.

É preciso notar, contudo, que os judeus foram hipócritas mostrando grande respeito pelo nome especial de Deus, mas pouco pelo próprio Deus. Podemos fazer o mesmo, dizendo que respeitamos a Deus, mas então usando seu nome em vão. As pessoas que usam os termos "Senhor" e "Deus" sem nenhum pensamento em Deus não estão santificando seu nome. Alguns dizem: "Pelo amor de Deus!" ou "Ai meu Deus" sem qualquer súplica sincera pela ajuda de Deus. Isto é vazio, indigno e, portanto, torna profano o que é santo. É errado!
Conclusão

O Pão nosso de cada dia dá-nos hoje

Aterceira petição do modelo de oração em Mateus seis diz: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. É, provavelmente, a petição mais conhecida, na mais conhecida das orações. Deus dá através de seu mundo natural criado. Desde o tempo de Noé, Deus tem prometido “...não deixará de haver sementeira e ceifa...” (Gênesis 8:22).
 Dependemos de Deus. Um visitante estava admirando uma fazenda bem cuidada de um amigo.

“Deus e você fizeram um belo trabalho neste lugar”, comentou o visitante. “ Estou admirado como tudo está bonito”. O fazendeiro respondeu rispidamente: “Você deveria tê-lo visto quando Deus cuidava dela sozinho. Não era nada mais do que carvalho mirrado e amoreiras silvestres”. Todos ouvimos este rebaixamento da divindade, e talvez tenhamos notado a brecha no raciocínio do fazendeiro. Quando Deus cuidava, ele mesmo, do mundo, ele era “muito bom” (Gênesis 1:31). O homem é quem fez a desordem em todas as coisas. Em todo lugar, as populações estão explodindo.

Fazendeiros estão cortando e queimando florestas para fazer plantação numa terra que só permanece fértil por pouco tempo, antes de se tornar deserta. O mau uso está arruinando a terra. A fome está no mundo porque o homem governa as coisas a seu modo ignorante, egoísta. O cristão sabe disto, e reconhece sua dependência de Deus.

É Deus quem dará a capacidade para ganhar, a possibilidade de germinação e o crescimento das plantações, e a habilidade para destruir. Ainda que possamos trabalhar com nossas mãos (Efésios 4:28), entendemos que nosso trabalho não apaga a realidade da dádiva de Deus. “Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tiago 4:13-17).

 Dependemos de Deus diariamente. O Israel antigo recebia o maná diariamente. Isto era para humilhá-los e prová-los. Deus queria que eles aprendessem que eram dependentes dele. O homem vive “de tudo o que procede da boca do SENHOR” (Deuteronômio 8:2-3). Israel fracassou miseravelmente em aprender a lição. Sua descrença e falta de confiança em Deus fizeram com que fossem ignorantes do propósito de Deus.

Ouçam o ponto de vista deles sobre o propósito de Deus. “E por que nos traz o SENHOR a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa?” (Números 14:3). Se eles tivessem reconhecido e apreciado o cuidado diário de Deus, não teriam deixado de entender a meta final de Deus.
Nossa abundância de boas coisas faz-nos deixar de apreciar o cuidado diário de Deus. Tornamo-nos cristãos mimados. Somos iguais à criança do segundo ano escolar que se queixava por não ter um aparelho pessoal de televisão e de telefone.

“Todos os meus amigos os têm em seus quartos”, ela reclama.
Nossa abundância fez com que víssemos luxos como necessidades. A maioria de nós não sabe nada de pobreza. Nunca duvidamos do aparecimento de nossa próxima refeição, nem tememos o frio por causa de nossas roupas esfarrapadas.

A idéia de “pão de cada dia” fornecido “neste dia” é estranha a nós. Um menino da Tailândia vivia comigo quando cursava o ensino médio. Sua mãe o abandonou depois de trazê-lo a este país. Quando era um jovem banco de praça, ele pedia esmolas. Tudo o que era posto na sua tigela era o que ele comia naquele dia. Seu pão vinha numa base diária.

Vivemos na mesma base. Ainda que tenhamos três refeições por dia, uma lavadora de pratos, dois carros, uma casa de verão, isso pode ir embora amanhã. “Observaste o meu servo Jó?” Jó conhecia a pobreza. Ele tinha bois arando, servos servindo, ovelhas sendo criadas, camelos trabalhando, filhos e filhas regozijando e tinha boa saúde. Em um dia tudo se foi (Jó 16:22). Dependemos de Deus diariamente.

 Dependemos de Deus diariamente para o pão. Oramos por tais preocupações espirituais como perdão, crescimento espiritual, e pelo irmão arrependido. Assim é que deveria ser, mas vemos nossa dependência de Deus para as necessidades físicas? Deus supriu Elias de alimento e repouso (1 Reis 19:48). Ele deu a Paulo passagem segura para Roma, apesar de uma tempestade, sua vida sendo ameaçada pelos soldados, por um naufrágio, e ao ser mordido por uma serpente (Atos 27; 28).

Deus está interessado em nosso bem-estar fisico, assim como nosso progresso espiritual. Certamente nosso “pão de cada dia” está incluído na “toda boa dádiva” de Tiago 1:17. Sim, é pelo pão diário que oramos, porque é pela graça de Deus que comemos e vivemos cada dia. Entendendo nossa total dependência de Deus, estamos contentes “tendo sustento e com que nos vestir” (1 Timóteo 6:8).
–por Robert H. Bunting


Perdoa-nos as nossas dívidas. assim como nós perdoamos os nossos devedores

Uma das belezas da oração é o privilégio que ela oferece ao povo de Deus para ter comunhão com o Todo-Poderoso, buscando seu perdão. Muitos de nós negligenciam este privilégio, perdendo assim as bençãos que vêm com ele. Quando Jesus disse aos seus discípulos que orassem, “perdoa-nos as nossas dívidas” (Mateus 6:12), ele deixou subentendidas várias lições para seus seguidores.

Primeira, ser cristão não nos isenta da tentação.

Paulo expressou isto em sua carta aos irmãos gálatas: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado” (Gálatas 6:1). Não temos intenção de desagradar a Deus, mas podemos falhar aqui e ali. Por exemplo, podemos ser tentados a pensar mal de alguém. Podemos ficar com raiva de um irmão, sem causa. Podemos, por raiva, falar com irreverência ou pecar deixando de fazer alguma boa coisa que sabemos fazer (Tiago 4:17). Há conforto em saber que podemos ir a Deus em oração, em busca do seu perdão.

Segunda, o seguidor de Cristo que erra o passo ou peca, torna-se endividado com Deus. O termo dívida significa algo devido. Portanto, se um cristão transgredir, ele deve, pelo menos, uma desculpa a Deus pela sua atitude ou comportamento impiedoso. No Senhor não há nenhuma escuridão. Nossa desobediência não manifesta a imagem do Criador. O apóstolo João, guiado pelo Espírito, expressa a garantia ao povo de Deus que, se confessarmos nossos pecados diante dele, podemos receber o perdão e a limpeza (1 João 1:9).

O pecado produz culpa e vergonha; muitos reagem a isto retirando-se, escondendo-se e evitando contato com irmãos em Cristo. Esta pode ser a razão por que muitos cristãos param de se encontrar com os santos. Os cristãos não devem atolar-se nos pecados, mas confessá-los ao Senhor, afastar-se deles e receber a benção do perdão. Retirar-se das reuniões com outros cristãos é imprudente porque isso dá oportunidade a Satanás. Deus não quer isto. Portanto, como está subentendido neste modelo, ele nos oferecem

e a alternativa de confiar em Deus e buscar seu perdão através da oração.
Terceira, o povo de Deus continua a necessitar de seu perdão. Perdão do pecado foi o verdadeiro propósito quando Cristo veio à terra e morreu pelo homem. “Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lucas 24:46-47).

Este fato deverá humilhar cada um de nós. Se alguém começar a pensar que é demasiado velho ou inteligente demais para precisar do perdão de Deus, a arrogância se manifesta e o provérbio será verdadeiro: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda” (Provérbios 16:18). Tal espírito de orgulho impedirá que o homem se humilhe diante do Todo-Poderoso para buscar seu perdão.

Finalmente, o perdão de Deus pela dívida do pecado de alguém depende da atitude dessa pessoa quanto a perdoar aos outros. A única atitude aceitável é a de Deus e Cristo. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6:14-15).

Quando um cristão ofendido deixa de estender o perdão a outro, ele deixa de exemplificar a imagem de seu Senhor. Ele mesmo foi perdoado por Cristo quando se submeteu ao evangelho. Quando Pedro perguntou a Jesus quantas vezes tinha que perdoar seu irmão que peca contra ele, Jesus respondeu: “até setenta vezes sete” (Mateus 18:22). Jesus, além disso, ilustrou com a parábola do servo injusto a importância de perdoar aos outros.

Este servo injusto recebeu o perdão de uma grande dívida para com o seu senhor, mas quando chegou sua vez de perdoar um camarada que estava em débito para com ele, meteu-o na prisão, em vez de perdoá-lo. Quando o senhor soube do que tinha acontecido, pediu a presença do servo injusto, chamou-o de peverso e incompassivo e, por causa da raiva dele, entregou-o aos torturadores até que pagasse tudo o que devia.

Que lição para nós nestes dias! Lembramo-nos de orar desta maneira: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”.
–por Albert R. Dickson

E não nos deixeis cair em tentação; mas livrai-nos do mal

O modelo de oração de Jesus revela não somente a simplicidade com que devemos orar, também revela a espiritualidade com a qual devemos nos aproximar de Deus. Assim como a quinta petição do modelo de oração é dirigida para o perdão do pecado passado, a sexta se preocupa com as possibilidades de pecado futuro. Ela nos lembra do poder do tentador para enganar e destruir. Graças a Deus, não temos que lutar com ele sozinhos; o Senhor prometeu ajudar-nos! Jesus, nesta petição, ensina-nos como apelar a Deus por essa assistência. O que ela significa?

As palavras “nos deixes cair” sugerem a necessidade da orientação de Deus nas decisões da vida. “Não cabe ao homem determinar o seu caminho” (Jeremias 10:23). Precisamos olhar para Deus, para que nos mostre o caminho que devemos tomar. A frase “não…em tentação” pode significar a mesma idéia que “pelas veredas da justiça” (Salmo 23:3). Se for, toda a exortação revela a intenção de nosso coração, não somente de abster-se “de toda forma de mal”

(1 Tessalonicenses 5:22), mas também de agradá-lo em tudo (Colossenses 1:10). Tal meta exige a maior sobriedade e vigilância contra as várias ciladas do diabo (1 Pedro 5:8) para que não sejamos conduzidos ao pecado. Exige que estejamos constantemente em contato com as palavras do Senhor, lendo-as diariamente e meditando sobre elas continuamente, desde que elas revelam o caminho no qual devemos andar (Salmo 119:105).

As palavras “livra-nos” sugerem a necessidade do poder de Deus nos perigos da vida. “O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:41); mas Deus “é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Éfesios 3:20). Aqueles “guiados pelo Espírito” através de sua revelação serão capazes de motificar “os feitos do corpo” (Romanos 8:13-14) e produzir “o fruto do Espírito” (Gálatas 5:22).

Quando formos assim “fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior” (Éfesios 3:16), Cristo habitará em nós; estaremos libertados do mal.
Além disso, Deus promete dar libertação, pondo limitações às tentativas de Satanás de nos destruir. Ele promete nunca deixar Satanás nos testar com tentações acima de nossa experiência humana normal ou com aquelas para as quais não haja escapatória:

“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Coríntios 10:13). Com esta garantia podemos enfrentar as provações da vida com esperança da libertação de Deus.
Como podemos aplicá-la?

O capítulo um de Tiago oferece algumas sugestões práticas que nos ajudarão a viver no espírito desta petição. Neste capítulo maravilhoso, Tiago examina primeiro o desafio da tentação, mostrando como devemos responder a ele. Então ele examina o processo da salvação, mostrando como podemos viver a vida justa que Deus espera de nós. Permita-me sugerir que leia o capítulo enquanto examina esta lista de exortações práticas para lidar com a tentação:

 Aceite as provações da vida com alegria, sabendo que elas farão de você uma pessoa melhor (Tiago 1:2-4).  Peça a Deus sabedoria para que você possa saber como vencê-las (1:5-8).  Reserve tempo para lembrar com prazer e gratidão as bênçãos espirituais que você possui, não importa qual seja a sua condição física (1:9-11).
 Pense no prêmio que Deus prometeu àqueles que perseverarem (1:12).
 Não culpe Deus quando você é tentado e cai; mas agradeça-lhe pelas boas dádivas que ele lhe dá e por procurar salvá-lo de seus pecados (1:13-18).

 Esteja pronto para ouvir o que Deus diz, tardio para responder, e tardio para enfurecer-se, quando não concordar (1:19-20).
 Em vez de resistir à verdade, afaste o mal e receba com mansidão a palavra implantada em você (1:21).

 Não seja apenas um ouvinte da palavra; seja um cumpridor da obra que Deus manda (1:22-25). Quando aplicarmos estas exortações práticas, a petição do modelo de oração será respondida de um modo maravilhoso. Em vez de sermos vencidos pelo pecado, praticaremos uma “religião pura e sem mácula”, sendo incontaminados do mundo
“Amém”

[Nota: Muitos dos antigos manuscritos e traduções recentes não incluem as palavras de louvor a Deus e o amém encontrados na conclusão do modelo de oração, na versão comumente aceita. Contudo, o fato que estas palavras são tão familiares é razão bastante boa para incluir este artigo prático por Paul Earnhart, escrito no meio dos anos sessenta. – Sewell Hall, redator da revista na qual este artigo foi publicado originalmente.]

O que aconteceu com o “banco do amém”? Posso lembrar-me quando a assembléia de adoração dos cristãos nunca deixava de ressoar com um coro entusiástico de “améns” na conclusão de uma oração; e a pregação, também, era pontilhada com a mesma confirmação em voz grave. Os irmãos pareciam se unir, deste modo, nas orações e na pregação. Era isto só uma moda passageira, deixada para trás numa época mais sofisticada? Ou tem algum fundamento nos exemplos bíblicos?

Talvez os irmãos nos anos passados nem sempre usassem a palavra devidamente, entretanto estou confiante que eles tenham demonstrado um entendimento muito maior da palavra do que nós. Para muitos cristãos, hoje, ela se tornou um tipo de campainha verbal para dar sinal do fim de uma oração pública. Que infelicidade!

A palavra amém não vem de nossa língua. Ela foi levada como uma palavra hebraica para o Novo Testamento grego e daí para as versões em outras línguas. Ela vem de uma palavra hebraica que significa “apoiar” ou “estar firme”. A partir desta idéia inicial, ela veio a ser usada no sentido de “verdadeiro, fiel, ou certo”. Isaías fala do “Deus da verdade” ou literalmente, “o Deus do amém” (Isaías 65:16).

Jesus, no Apocalipse, fala de si como “o Amém, a testemunha fiel e verdadeira” (Apocalipse 3:14). No começo de uma frase, o “amém” dá força à verdade dessa afirmação, como quando Jesus diz: “Em verdade, em verdade” ou “amém, amém, te digo...” (João 3:3). No fim de uma declaração, ela dá confirmação,significando “será assim” ou “que seja assim”, como no escrito de Paulo, quando ele diz: “Agora ao nosso Deus e Pai seja a glória,

para todo o sempre, amém.

Os filhos de Israel tinham a ordem de Moisés para dizer “amém” quando as aldições de Deus sobre os desobedientes eram repetidas pelos levitas, na terra de Canaã (Deuteronômio 27:15-26). Todos eles disseram “amém” e “louvaram ao Senhor” quando Davi lhes disse, num salmo, que dessem graças ao Senhor (1 Crônicas 16:36).
Todos disseram “amém” quando Neemias lhes disse que parassem de cobrar juros altos e chamou-os a prometer isso (Neemias 5:13). Todos eles disseram “amém, amém” quando Esdras, ao abrir o livro da lei de Deus para lê-lo para eles, bendisse o Senhor, o grande Deus (Neemias 8:16).

Fazendo isso, o povo de Deus se unia aos seus juramentos e alianças, ainda que elas realmente fossem ditas apenas por um ou por uns poucos. E o agradecimento de um homem e o louvor a Deus tornavam-se os de todo o povo. Eles se comprometiam com o que era falado na presença deles. O Novo Testamento reflete a mesma prática pelos cristãos.

Falando de alguém orando em uma língua estrangeira, o apóstolo Paulo diz: “Como dirá o indouto o amém depois da tua ação de graças? Visto que não entende o que dizes” (1 Coríntios 14:16). Pela declaração de Paulo é evidente que deste modo os cristãos primitivos participavam ativamente das orações públicas. Tendo prestado atenção 12 2002:4 cuidadosa às palavras do irmão que estava orando, eles faziam da oração dele a sua própria, dizendo

“amém, assim seja”.

Eles não eram espectadores distraídos numa apresentação pública. Eles estavam envolvidos ativamente e comprometidos. Eles tinham que entender a oração para que pudessem dizer “amém” honestamente, com confiança. Que contraste é a resposta dada a uma oração pública entre muitos cristãos de hoje. Ao irmão que está dirigindo a oração é deixado que cuide dos seus próprios interesses. Se ele não diz “amém” às suas próprias petições, sua suplicação ao Senhor será saudada apenas por um silêncio de pedra ou, quando muito, por uns poucos débeis “améns”, sussurrados temidamente.

Isto reflete o padrão do Novo Testamento? Eu sei que apenas declamar a palavra“amém” não fará de nós, sumariamente, o tipo do adorador que deveríamos ser, mas a consideração pensativa desta prática dos cristãos primitivos pode realmente ajudar a mudar nosso espírito de espectador. Serão as orações que são pronunciadas por irmãos escolhidos, em nossas assembléias, nossas orações, também? Unimo-nos a eles? Estamos envolvidos? Então: “Digam-no os remidos do Senhor” (Salmo 107:2).
–por Paul Earnhart

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